domingo, agosto 31, 2008

Sinto-me a sufocar. Precisava da tua consciência, do teu perfil tranquilizador e responsável. Estou num estado de nervosismo sufocante, bloqueia os pensamentos e os actos que supostamente estariam a levar-me numa noite acordado. Estou acordado mas sem que me renda o que quer que seja. Precisava de te ouvir. Precisava da tua voz, o som que ecoas a entrar no meu ouvido e a diminuir o ritmo exagerado que esta minha caixa de ritmos interior tem. Queria tanto ter-te aqui, nem sequer chegaria a este estado de ansiedade que esta noite traz. Seria um mal morto pela raiz e logo à sua nascença. Fazes-me tanta falta, ainda mais nesta crise ansiosa de saudades que me domina... Precisava de respirar o teu ar, para este sufoco passar...

quinta-feira, agosto 28, 2008

quarta-feira, agosto 20, 2008

Uma construção imaginária

Nas terras em que viajo construo os meus próprios edifícios. Corto os terrenos em estrada. Habito-os, e multiplico-lhes a população. Divido com um rio e uno com uma ponte. Pinto de azul com a água espelhada do céu limpo. Crio os problemas, dou-lhes intranquilidade, dúvida, medo... Para de seguida transmitir segurança dissolvendo tudo o que de mau se gerou. Manietava a meu belo prazer tudo o que se passaria. Seria o dono do seu destino, um fantoche nas minhas mãos. Um objecto em bruto pronto a prosperar.
Se fecho os meus olhos e não acalmo decerto será porque a escuridão não tranquiliza. Porque não é fácil tranquilizar. Não tenho pela frente uma boa noite de sono, a escuridão não me acalma esta noite. Não me dominam pensamentos positivos, de esperança num amanhecer proveitoso. As inúmeras razões que povoam esse sentimento não o permitem. As razões que dominam um estado de espírito condicionado. Vários medos, preocupações, necessidades quotidianas que demorarão ainda alguns dias a serem supridas. Dormir não significará descansar, acordar será relembrar que há todo um processo complicado a ser ultrapassado de vários objectivos essenciais e vitais. Falhar será desastroso. Bens essenciais têm de ser conservados com o maior dos cuidados, é o bem precioso maior que carrega de felicidade toda uma existência. Manter o equilíbrio torna-se complicado, principalmente quando se está situado no meio de um cruzamento em que as pressões aparecem e não dão intervalo algum. Esta noite será dormida na companhia mais forte destas preocupações, e não será o sono um sono retemperador...

quinta-feira, agosto 14, 2008

Aproveitei o forte vento que inundava as ruas para fazer voar algumas noticias, alguns estados de espírito. Fazê-los voar até ao seu destino mais adequado. Colocar nesse pedaço de papel o que necessito, o que me faz falta. Tudo o que vive aqui por dentro, e que grita por liberdade, pela tão necessitada viagem. Viagem até aos olhos de quem iria ler a mensagem, completamente óbvia, carregada de saudade, carregada de ansiedade pelo futuro próximo, de poder compensar outras dezenas de dias de impossibilidade. Todo este turbilhão quer voar para se dar a conhecer concretamente, quer ultrapassar várias zonas, atravessar rios, passar por zonas quase desérticas, chegar a um outrora reino autónomo longínquo. Chegar a esse extremo já próximo do mar, e revelar tudo. Tudo o que vem em quantidades de contagem utópica, de descrição impossível. Todas estas sensações viajam, para que possam regressar por esse mesmo vento, bem acompanhadas, até bem perto...

quarta-feira, agosto 06, 2008

terça-feira, agosto 05, 2008

Desnorteado



adj.,
que perdeu o norte, o rumo, a direcção a;

desorientado
;


fig.,
estouvado.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Curtas frases numa qualquer noite

Madrugada. Sono. Incapacidade de adormecer. Música. Calor. Idiotices. TV e Internet. Saudades. Informação estagnada. Aborrecimento. Apatia. Mais sono. Tenho que ir dormir. Responsabilidades. Preocupações. Compromissos. Mais saudades. Baixa auto-estima. Sono. Preguiça. Desleixo. Falta de atenção. Dor de cabeça. Dor de olhos. Sono. Disparates. Música. Mais saudades. Sono. Vou Dormir. Sonhar. Talvez.

sábado, agosto 02, 2008

Obedecer à Sorte

É esta a minha condição humana
De viajar por entre colinas de estados de espírito,
A sobreviver a cada acidente fortuito,
Tratando toda a dor que das feridas emana

Sou um refém da vontade da sorte
Que me domina e me desorienta
Durante a noite a minha cabeça atormenta
Perversidade do mais fino recorte

Chamo-lhe perversa porque é inesperada
Nunca sei para que lado empurra a maré
Que há vezes em que a vida é quase afogada
Mas outras consegue com firmeza ter pé

Desta forma de vida não tenho medo
Já que nunca chegamos a ser completos
Sem nunca saber se desapareço cedo
Vou aproveitar todas as experiências, vivências e afectos...