sexta-feira, abril 27, 2012

Vontade de puxar os dias para perto, querer esticá-los quando chegam. Fazê-los durar enquanto existem, sentir saudades da sua vinda. Saudades desse futuro.

domingo, abril 22, 2012

No caminho da noite meio escura e deserta

A cidade é um chão de palavras pisadas

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança  a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância  e a palavra medo.

A cidade é um saco  um pulmão que respira
pela palavra água  pela palavra brisa
A cidade é um poro  um corpo que transpira
pela palavra sangue  pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há. 
 
 
 
 José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, abril 18, 2012

28 de Setembro de 2010 - 30 de Abril de 2012

No fim de um ciclo fica o crescimento e enriquecimento pessoal.

sábado, abril 14, 2012

Give it to me

Fugi da chuva lá fora e abriguei-me numa noite estranha. Nos meus lençóis dá-se a luta para um sono rápido, mas sinto-me em desvantagem, não há maneira de sucumbir ao cansaço. Preciso de algo, algo bem concreto. Hoje seria perfeita a ajuda de um abraço, do teu abraço. 
Era lá que me queria refugiar hoje, não pediria mais do que isso. Não precisaria pedir mais, estaria tudo perfeito.

domingo, abril 08, 2012

Ao acordar, mesmo lendo duas palavras apenas, um dia começa desde logo um pouco melhor.

sábado, abril 07, 2012

O caminho de volta a casa




You can try on anything for free 
Pick up anything you need 
And I'm wishing you were here with me 
Walking on a city street

terça-feira, abril 03, 2012

A tua imagem, enfim realidade


E de repente a imagem que outrora me tinha feito disparar o batimento cardíaco transformou-se em realidade, um olhar intenso fitava-me e a ternura que de lá saía hipnotizava-me naturalmente. Hipnotizado por uma face, uma expressão, um toque, um olhar, a minha atenção focava-se cada vez mais, e o corpo começava a obedecer... Lentamente uma suavidade em viagem constante fazia contemplar a beleza de uma figura tão próxima, num momento de fortes sensações, fortes palavras, prolongado numa duração indeterminada, sem qualquer noção do espaço, ou sequer do tempo.



E enquanto o sono tentava ocupar lugar, no meu peito morava essa figura que eu observava, e quase não acreditava que era real e que estava bem perto de mim. Abracei, e fiquei.

Não sei quando adormeci, mas sei que o fiz a sorrir.

domingo, abril 01, 2012

Hoje sonho. Amanhã escreverei.