Cansado me deito, fulminado adormeço. Inanimado pareço, mas a mente em descanso ainda funciona. Sonhos, serão a definição mais lógica. Neles me imagino numa realidade paralela, ou quase. Muitas vezes histórias distantes, em que nada há a ligar à realidade, noutras situações funciona um desejo bem forte e presente no cérebro e restantes órgãos que completam o organismo, principalmente o coração. Surge uma viagem por imagens de ternura e carinho. Surgem momentos de intimidade, de cumplicidade, de perfeita harmonia. Surgem beijos, abraços, ligações de uma simplicidade tão bela que correspondem totalmente aos padrões pelos quais acordado sigo. Surge uma figura que me faz acordar a sorrir. Surge um desejo de o revelar ao acordar. De que não se trata de um mero sonho, mas apenas uma extensão de uma vontade que dura as 24 horas de cada dia e que não se acanha de se mostrar seja em que altura for, adormecido, ou bem acordado. Surge sim, indiscutivelmente, uma realidade.