Demasiado próximo do chão.
sábado, novembro 16, 2013
domingo, outubro 27, 2013
quarta-feira, setembro 04, 2013
domingo, julho 21, 2013
Uma cidade incompleta
Mais uma viagem de comboio, com uma rotina nada nova. Mudam as pessoas, muda o contexto, mas o sentimento não muda.
Hoje regresso a casa depois de mais uma ida a esta cidade de "sempre". Uma cidade que desta vez estava incompleta, o céu estava modesto e tudo me parecia amorfo, insosso, fraco. Caminhei pelas mesmas ruas, e mesmo sabendo que lá não estavas, olhava em volta à tua procura. Tu és esta cidade para mim. Aquela cidade que me custa abandonar cada vez que volto. Aquela cidade que me deixa em pulgas quando a visito, apenas pelo significado do regresso a ti, do regresso à tua imagem. Hoje regresso com um semelhante aperto no coração. Mas desta vez não te vi. Estive lá, mas estavas longe. E lá sucumbi às saudades, nas quais regresso de novo ao quotidiano.
15/07/2013
15/07/2013
quarta-feira, julho 10, 2013
Hoje marquei dois golos.
Mas foi só um jogo de futebol entre amigos.
Mas foram dois bons golos.
Bom, bom foi correr, suar, libertar tudo o que de mau possa haver.
Realaxar através dos poros e poderes sentir-te tranquilo e bem com o que fazes. Distrair do mundo durante uma hora, e, nas seguintes, aproveitar essa distração. Esse sim é o maior e melhor momento que terás no e depois do jogo.
domingo, junho 23, 2013
Olhei-me no espelho com a máquina na mão, e esperei para saber se realmente queria fazê-lo. Fitei-me, cabelo espesso, desorganizado, assim como as minhas ideias. Tinha um emaranhado de fios desalinhados, precisava de estabilizar a minha estrutura, libertar-me. Liguei a máquina e comecei a passá-la na minha cabeça. Pente 0. Radicalizar o acto, mesmo sabendo que poderia estar a exagerar, mas mesmo assim continuava. E ia sentindo o cabelo a cair mesmo à minha frente, lentamente, em molhos grandes. Uma e outra vez, até ficar praticamente sem cabelo nenhum. Logo logo fui abrir a janela e senti o ar fresco a percorrer-me a cabeça agora desprotegida. Fui enfiar-me debaixo do chuveiro e deixei-me estar completamente dominado pela água que caía na minha cabeça. Sentia a água a cair com mais que os pequenos restos do cabelo que tinha. Levava muita carga negativa, muitas frustrações, directamente pelo cano, directamente para fora de mim.
Ao sair, saí fresco, pronto para olhar em frente.
segunda-feira, junho 03, 2013
Terraço.
Um ar fresco marca o fim de um dia quente. Fresco mas confortável num solitário terraço. Os mosquitos esbarram na luz do computador, uma das poucas luzes que ilumina este espaço. De phones nos ouvidos escrevo, percorro músicas, e mantenho-me por cá. Este ar fresco refresca as ideias, e que boa que é essa sensação.
quinta-feira, maio 16, 2013
Esta cidade dá-me que pensar. Sinto-me cada vez menos ligado, mas nunca por deixar de ser a minha cidade e de gostar dela como tal. Mas sinto-me a precisar do choque da mudança. Mudar para onde me tenho sentido confortável, onde chego e me sinto bem, mesmo não conhecendo a fundo o local onde estou. Este sentimento dura há anos, mas sempre relativizei, pensei que seria só um capricho. Mas cada vez sinto mais que faz parte de mim, e que quero muito isso. Gosto demasiado de Coimbra, mas acho que me devo dirigir a norte, cada vez mais sei que é lá que posso ser o que queria quando fosse grande. Mesmo que nessa altura de traçar planos não o imaginasse dessa forma.
Agora quero isso. Quero muito.
sábado, maio 11, 2013
sábado, abril 27, 2013
Das vontades que nos surgem
Vou lhe fazer uma visita
Mas não fique assim, aflita
Que eu não sou de reparar
Não precisa de banquete
Nem preocupe com enfeite
Não me vá empetecar
E os velhos discos de bolero
Tô levando pois eu quero
Lhe ensinar como dançar
E dizer-lhe ao pé do ouvido
Com um tom meio atrevido:
"dois pra lá e dois pra cá"
Vou lhe fazer outra visita
Pra lhe ver, assim, bonita
Ir correndo ao portão
Decorou o tal bolero?
Vem cantando em tom sincero
Sequestrando minha atenção
A radiola está no jeito
Lhe aproximo do meu peito
Repetindo a tentação
"são dois pra lá e dois pra cá"
Você vai ver no que dá
Cantar de novo esse refrão
Olha pra junto dos meus pés
Você consegue reparar
No tempo de nós dois
E ver que assim como se dança
O passo é feito de esperança
Espero amar depois
Mas não fique assim, aflita
Que eu não sou de reparar
Não precisa de banquete
Nem preocupe com enfeite
Não me vá empetecar
E os velhos discos de bolero
Tô levando pois eu quero
Lhe ensinar como dançar
E dizer-lhe ao pé do ouvido
Com um tom meio atrevido:
"dois pra lá e dois pra cá"
Vou lhe fazer outra visita
Pra lhe ver, assim, bonita
Ir correndo ao portão
Decorou o tal bolero?
Vem cantando em tom sincero
Sequestrando minha atenção
A radiola está no jeito
Lhe aproximo do meu peito
Repetindo a tentação
"são dois pra lá e dois pra cá"
Você vai ver no que dá
Cantar de novo esse refrão
Olha pra junto dos meus pés
Você consegue reparar
No tempo de nós dois
E ver que assim como se dança
O passo é feito de esperança
Espero amar depois
segunda-feira, abril 08, 2013
sexta-feira, abril 05, 2013
sexta-feira, março 15, 2013
segunda-feira, fevereiro 25, 2013
quarta-feira, janeiro 30, 2013
segunda-feira, janeiro 14, 2013
terça-feira, janeiro 01, 2013
Quanto tempo!!!
- Olá! Como vai?
- Eu vou indo. E você, tudo bem?
- Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro… E
você?
- Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo… Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é, quanto tempo!
- Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
- Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
- Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
- P'ra semana, prometo, talvez nos vejamos… Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é… Quanto tempo!
- Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
- Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
- Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente…
- P'ra semana…
- O sinal…
- Eu procuro você…
- Vai abrir, vai abrir…
- Eu prometo, não esqueço, não esqueço…
- Por favor, não esqueça, não esqueça…
- Adeus!
- Adeus!
- Adeus!
Sinal Fechado, Chico Buarque
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