terça-feira, junho 26, 2012

Olhos tristes deitam-se numa noite quente de início de verão.

sexta-feira, junho 22, 2012

A escrita

Dia após dia tais caminhos são percorridos quase sempre de uma forma semelhante. Acompanhados de música nos ouvidos e de um desenfreado ritmo de pensamentos subo e desço as ruas desta cidade até chegar ao meu ponto desejado. Sempre o mesmo, sempre confortável, onde tudo descansa, tudo adormece e fica adiado para o dia seguinte. Dia após dia o sangue corre e com ele mil e um aspectos de tempos mais ou menos ocupados, de vontades, de desejos, de sonhos mais ou menos realizáveis. O aperitivo para o tão desejado sono passa sempre pelo debitar de palavras, umas atrás das outras, frases compostas noutras, tentando chegar a cada vez mais parágrafos com o maior sentido possível. Foi nomeada há muito tempo como a minha maior arma contra a letargia e toda a negritude que isso acarreta. É o que não deixa o meu cérebro adormecer e cair num vazio de desinteresse e aborrecimento. É principalmente o que me deixa exprimir ao meu belo gosto tudo o que circula entre a mente e o coração. Que se mantenha como o meu mais forte braço direito, a escrita.

domingo, junho 17, 2012


Por entre um mundo de imaginações infinitas, estás sempre tu nas mais bonitas.





I am

terça-feira, junho 12, 2012

domingo, junho 10, 2012



Aquela colina ligeiramente molhada da chuva era o nosso poiso enquanto a música suavemente subia desde o palco até aos nossos ouvidos. Num silêncio cúmplice ouvíamos com um sorriso na cara aquelas músicas que nos animavam aquele início de noite. Da simplicidade tão bonita nascia mais um momento para ficar gravado na memória e bem junto ao coração. E por lá ficámos, juntos, em que tudo o resto era um mero acessório...
Abri os olhos, não estavas lá, mas sentia-te bem perto o tempo todo.


Parabéns :)

terça-feira, junho 05, 2012

Bom dia!



It would be nice to have you 
Way beyond and way
Before tomorrow

domingo, junho 03, 2012

O Verbo no Infinito

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...


Vinicius de Moraes

sábado, junho 02, 2012

terça-feira, maio 29, 2012

Sei que esse olhar se soltará do meio do nevoeiro dos receios.
Sei que estarei do outro lado para captar esse momento.




It's natural to be afraid, i know....

domingo, maio 27, 2012

sábado, maio 26, 2012




Ai quem me dera morrer 
Nas ondas do teu olhar...

Desta vez com sol, sigo para sentir um pouco dos ares do Mediterrâneo.

quinta-feira, maio 24, 2012

Cansado me deito, fulminado adormeço. Inanimado pareço, mas a mente em descanso ainda funciona. Sonhos, serão a definição mais lógica. Neles me imagino numa realidade paralela, ou quase. Muitas vezes histórias distantes, em que nada há a ligar à realidade, noutras situações funciona um desejo bem forte e presente no cérebro e restantes órgãos que completam o organismo, principalmente o coração. Surge uma viagem por imagens de ternura e carinho. Surgem momentos de intimidade, de cumplicidade, de perfeita harmonia. Surgem beijos, abraços, ligações de uma simplicidade tão bela que correspondem totalmente aos padrões pelos quais acordado sigo. Surge uma figura que me faz acordar a sorrir. Surge um desejo de o revelar ao acordar. De que não se trata de um mero sonho, mas apenas uma extensão de uma vontade que dura as 24 horas de cada dia e que não se acanha de se mostrar seja em que altura for, adormecido, ou bem acordado. Surge sim, indiscutivelmente, uma realidade.

sábado, maio 19, 2012

sexta-feira, maio 18, 2012

 


Kanske Ar Jag Kar I Dig

segunda-feira, maio 14, 2012


Naquele momento em que os nossos braços se cruzaram senti algo a encher-me por dentro. Algo que me percorria o corpo e que me fazia tremer. Enquanto o teu perfume se espalhava por mim queria segurar-te mais e com mais força, para bem junto de mim. Sentir cada vez mais a suavidade imensa que a tua pele tem, num beijo prolongado. Não conseguia largar-te. Estava magnetizado e isso fazia-me sentir a flutuar em nuvens sorridentes, sempre com vontade de mais. Com vontade de tudo.


quarta-feira, maio 02, 2012



Quando um dia rebenta contigo.

sexta-feira, abril 27, 2012

Vontade de puxar os dias para perto, querer esticá-los quando chegam. Fazê-los durar enquanto existem, sentir saudades da sua vinda. Saudades desse futuro.

domingo, abril 22, 2012

No caminho da noite meio escura e deserta

A cidade é um chão de palavras pisadas

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança  a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância  e a palavra medo.

A cidade é um saco  um pulmão que respira
pela palavra água  pela palavra brisa
A cidade é um poro  um corpo que transpira
pela palavra sangue  pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há. 
 
 
 
 José Carlos Ary dos Santos