quarta-feira, outubro 17, 2007

Um conhecimento versátil, ou um modo de vida pertinente

Pessoalmente gosto de me informar sobre vários assuntos, várias áreas, vários temas. É algo de muita importância para mim o facto de poder sempre ir melhorando a minha cultura geral. Pego neste meu aspecto pessoal para começar a minha linha de raciocínio relativamente à pertinência ou ausência da mesma da presença de disciplinas de várias áreas num determinado curso mais especifico, já que eu próprio de certa forma faço a minha vida funcionar em torno dessa ideia para mim pertinente.


Nos tempos que correm, a versatilidade ganha uma importância de dimensões impensáveis comparando com tempos mais passados. No mercado de trabalho, cada vez mais têm importância as pessoas que, juntamente com a sua formação profissional, evidenciam experiência em actividades “extra-curriculares”. Com este termo refiro-me a actividades extra curso, extra trabalho, por exemplo, experiência em projectos de voluntariado, e outras associações sociais. Nesta medida, creio ser importante num curso do ensino superior haver espaço para cadeiras de outras áreas de formação académica. Uso o curso onde estou a fazer a minha formação académica como exemplo. Estudo Engenharia Informática, um curso tecnológico com, felizmente, boas perspectivas de entrada no mercado de trabalho. Num curso como este é imperioso um desenvolvimento da cultura geral de cada aluno, na medida em que é necessária uma abordagem exacta em cada trabalho, ou projecto a ser feito. E numa área tão abrangente como a Informática, há trabalho em todas as áreas do conhecimento, logo há também uma necessidade de conhecimentos mínimos na área do trabalho em questão. A evolução tecnológica tem sido uma das grandes armas importantes no decorrer da criação da Humanidade como ela é hoje. Mas será que esta evolução teria sucesso se não houvesse contribuição de conhecimentos de outras áreas? Não me parece que teria. Em todas as áreas, é necessária sempre uma pequena abordagem de outras áreas diferentes, para que a nossa forma de trabalhar seja muito mais eficiente e competente. Versatilidade e eficiência sempre foram dois termos facilmente interligados.



Numa perspectiva das relações humanas, ter uma formação académica que englobe outras áreas de conhecimento melhora a nossa capacidade de lidar e interagir com todos os que nos rodeiam. Saber conversar sobre aspectos que não apenas da nossa “especialidade” prova que é possivel ter um conhecimento cientifico aprofundado e mesmo assim saber estar com pessoas que não falam sobre ciências ou computadores ou a área em questão. Estar á procura de algo mais para completar a personalidade é um desafio pelo qual eu sinto especial gosto e creio que muitos de nós deveriam ter. Torna-nos pessoas mais interessantes e possibilita conversas com uma variedade salutar. Usando exemplos concretos, se eu me interessar por ler terei, teoricamente, maiores possibilidades de ter um discurso sapiente, usando as expressões devidas conforme a situação em que me encontro. Por inerência, terei uma melhor escrita, evitando erros ortográficos embaraçosos na elaboração de relatórios de trabalhos da minha área. Se eu me interessar pelas artes, terei uma sensibilidade maior para trabalhos em áreas que assim o exijam (multimédia por exemplo).


Talvez por ser uma pessoa que goste de me envolver em várias actividades diferentes, sou um pouco suspeito neste tema, já que para mim, todos deveriam, tentar, ao menos, ser o mais versáteis possivel, de certo se tornariam pessoas mais interessantes. No entanto, tenho noção de que são necessárias pessoas quase a atingir um estado de robotização pessoal, em que apenas o trabalho e a área de formação interessa, na forma em que também darão um importante contributo para que outras pessoas, de fora desse âmbito, se possam interessar e também elas possam melhorar a sua cultura geral e o seu conhecimento.

artigo feito para uma cadeira do meu curso

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