Estou a ser afectado por realidades paralelas que me surgem diariamente em sonhos, enquanto durmo. Situações de um mundo diferente, mais perfeito, mais positivo, mais feliz. Acordo e, lá está o cliché, tudo não passou de um sonho. Seguem-se minutos de severa frustração, indignação, aquela sensação de que "simplesmente não é justo".
Justo ou não é o que é. O que existe, o que lá está. E encarar a realidade tinha sido um desafio bem complicado de resolver em tempos bastante passados, e que eu pensava ter conseguido relativizar e ultrapassar. Falhei nessa análise, fragilizei o meu estado de espírito e voltei a ligar-me demasiado a uma esperança de que "é desta". De tão bom que era criou-se um medo de perder o que havia e tudo isso se estragou. Não me mantive num equilíbrio de forças de auto estima e confiança e deixei-me cair de novo num vazio de reacção, criei um afastamento em relação ao amor próprio, tornei-me de novo no meu principal inimigo. E isso teve repercussões, fortíssimas repercussões. O estado de latência e tristeza no qual caí acabou por me destruir por dentro e começou mesmo a destruir-me por fora.
Mas, apesar de tudo, soube impedir males maiores. Mas o problema não saiu de lá. A negação não saiu de lá. Ainda mora lá dentro a mistura explosiva e perigosa desses condimentos todos, essa cegueira provocada pela esperança que tolda o pragmatismo. Raptou a assertividade.
A coisa não está dramática, no entanto. Está apenas num plano real. Que me faz sofrer. Mas menos, muito menos, sem qualquer comparação possível, com tempos passados. Não mata mas mói. Mas o que arde cura.
Justo ou não é o que é. O que existe, o que lá está. E encarar a realidade tinha sido um desafio bem complicado de resolver em tempos bastante passados, e que eu pensava ter conseguido relativizar e ultrapassar. Falhei nessa análise, fragilizei o meu estado de espírito e voltei a ligar-me demasiado a uma esperança de que "é desta". De tão bom que era criou-se um medo de perder o que havia e tudo isso se estragou. Não me mantive num equilíbrio de forças de auto estima e confiança e deixei-me cair de novo num vazio de reacção, criei um afastamento em relação ao amor próprio, tornei-me de novo no meu principal inimigo. E isso teve repercussões, fortíssimas repercussões. O estado de latência e tristeza no qual caí acabou por me destruir por dentro e começou mesmo a destruir-me por fora.
Mas, apesar de tudo, soube impedir males maiores. Mas o problema não saiu de lá. A negação não saiu de lá. Ainda mora lá dentro a mistura explosiva e perigosa desses condimentos todos, essa cegueira provocada pela esperança que tolda o pragmatismo. Raptou a assertividade.
A coisa não está dramática, no entanto. Está apenas num plano real. Que me faz sofrer. Mas menos, muito menos, sem qualquer comparação possível, com tempos passados. Não mata mas mói. Mas o que arde cura.
Vou dormir que isto já são clichés a mais.
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