Sem dó nem piedade pela fraca condição que nós seres vivos temos, consome-nos como fogo descontrolado. Arranca de nós numa facilidade assustadora, com uma violência atroz que nos mata por dentro e nos inunda de solidão. De tão fraca que é, escorrega pelas mãos como finos grãos de areia, deixando-as vazias, inertes. Por vezes num processo que se arrasta, outras num golpe perfeito.
Nada nos é possível fazer para o evitar, seremos sempre espectadores hipnotizados até ao momento em que nós próprios formos os visados.
A cada episódio ressurge em nós o medo. Aquele receio de uma inevitabilidade feroz. Da nossa incapacidade de o prever, de nos prepararmos.
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