Demasiado próximo do chão.
sábado, novembro 16, 2013
domingo, outubro 27, 2013
quarta-feira, setembro 04, 2013
domingo, julho 21, 2013
Uma cidade incompleta
Mais uma viagem de comboio, com uma rotina nada nova. Mudam as pessoas, muda o contexto, mas o sentimento não muda.
Hoje regresso a casa depois de mais uma ida a esta cidade de "sempre". Uma cidade que desta vez estava incompleta, o céu estava modesto e tudo me parecia amorfo, insosso, fraco. Caminhei pelas mesmas ruas, e mesmo sabendo que lá não estavas, olhava em volta à tua procura. Tu és esta cidade para mim. Aquela cidade que me custa abandonar cada vez que volto. Aquela cidade que me deixa em pulgas quando a visito, apenas pelo significado do regresso a ti, do regresso à tua imagem. Hoje regresso com um semelhante aperto no coração. Mas desta vez não te vi. Estive lá, mas estavas longe. E lá sucumbi às saudades, nas quais regresso de novo ao quotidiano.
15/07/2013
15/07/2013
quarta-feira, julho 10, 2013
Hoje marquei dois golos.
Mas foi só um jogo de futebol entre amigos.
Mas foram dois bons golos.
Bom, bom foi correr, suar, libertar tudo o que de mau possa haver.
Realaxar através dos poros e poderes sentir-te tranquilo e bem com o que fazes. Distrair do mundo durante uma hora, e, nas seguintes, aproveitar essa distração. Esse sim é o maior e melhor momento que terás no e depois do jogo.
domingo, junho 23, 2013
Olhei-me no espelho com a máquina na mão, e esperei para saber se realmente queria fazê-lo. Fitei-me, cabelo espesso, desorganizado, assim como as minhas ideias. Tinha um emaranhado de fios desalinhados, precisava de estabilizar a minha estrutura, libertar-me. Liguei a máquina e comecei a passá-la na minha cabeça. Pente 0. Radicalizar o acto, mesmo sabendo que poderia estar a exagerar, mas mesmo assim continuava. E ia sentindo o cabelo a cair mesmo à minha frente, lentamente, em molhos grandes. Uma e outra vez, até ficar praticamente sem cabelo nenhum. Logo logo fui abrir a janela e senti o ar fresco a percorrer-me a cabeça agora desprotegida. Fui enfiar-me debaixo do chuveiro e deixei-me estar completamente dominado pela água que caía na minha cabeça. Sentia a água a cair com mais que os pequenos restos do cabelo que tinha. Levava muita carga negativa, muitas frustrações, directamente pelo cano, directamente para fora de mim.
Ao sair, saí fresco, pronto para olhar em frente.
segunda-feira, junho 03, 2013
Terraço.
Um ar fresco marca o fim de um dia quente. Fresco mas confortável num solitário terraço. Os mosquitos esbarram na luz do computador, uma das poucas luzes que ilumina este espaço. De phones nos ouvidos escrevo, percorro músicas, e mantenho-me por cá. Este ar fresco refresca as ideias, e que boa que é essa sensação.
quinta-feira, maio 16, 2013
Esta cidade dá-me que pensar. Sinto-me cada vez menos ligado, mas nunca por deixar de ser a minha cidade e de gostar dela como tal. Mas sinto-me a precisar do choque da mudança. Mudar para onde me tenho sentido confortável, onde chego e me sinto bem, mesmo não conhecendo a fundo o local onde estou. Este sentimento dura há anos, mas sempre relativizei, pensei que seria só um capricho. Mas cada vez sinto mais que faz parte de mim, e que quero muito isso. Gosto demasiado de Coimbra, mas acho que me devo dirigir a norte, cada vez mais sei que é lá que posso ser o que queria quando fosse grande. Mesmo que nessa altura de traçar planos não o imaginasse dessa forma.
Agora quero isso. Quero muito.
sábado, maio 11, 2013
sábado, abril 27, 2013
Das vontades que nos surgem
Vou lhe fazer uma visita
Mas não fique assim, aflita
Que eu não sou de reparar
Não precisa de banquete
Nem preocupe com enfeite
Não me vá empetecar
E os velhos discos de bolero
Tô levando pois eu quero
Lhe ensinar como dançar
E dizer-lhe ao pé do ouvido
Com um tom meio atrevido:
"dois pra lá e dois pra cá"
Vou lhe fazer outra visita
Pra lhe ver, assim, bonita
Ir correndo ao portão
Decorou o tal bolero?
Vem cantando em tom sincero
Sequestrando minha atenção
A radiola está no jeito
Lhe aproximo do meu peito
Repetindo a tentação
"são dois pra lá e dois pra cá"
Você vai ver no que dá
Cantar de novo esse refrão
Olha pra junto dos meus pés
Você consegue reparar
No tempo de nós dois
E ver que assim como se dança
O passo é feito de esperança
Espero amar depois
Mas não fique assim, aflita
Que eu não sou de reparar
Não precisa de banquete
Nem preocupe com enfeite
Não me vá empetecar
E os velhos discos de bolero
Tô levando pois eu quero
Lhe ensinar como dançar
E dizer-lhe ao pé do ouvido
Com um tom meio atrevido:
"dois pra lá e dois pra cá"
Vou lhe fazer outra visita
Pra lhe ver, assim, bonita
Ir correndo ao portão
Decorou o tal bolero?
Vem cantando em tom sincero
Sequestrando minha atenção
A radiola está no jeito
Lhe aproximo do meu peito
Repetindo a tentação
"são dois pra lá e dois pra cá"
Você vai ver no que dá
Cantar de novo esse refrão
Olha pra junto dos meus pés
Você consegue reparar
No tempo de nós dois
E ver que assim como se dança
O passo é feito de esperança
Espero amar depois
segunda-feira, abril 08, 2013
sexta-feira, abril 05, 2013
sexta-feira, março 15, 2013
segunda-feira, fevereiro 25, 2013
quarta-feira, janeiro 30, 2013
segunda-feira, janeiro 14, 2013
terça-feira, janeiro 01, 2013
Quanto tempo!!!
- Olá! Como vai?
- Eu vou indo. E você, tudo bem?
- Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro… E
você?
- Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo… Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é, quanto tempo!
- Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
- Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
- Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
- P'ra semana, prometo, talvez nos vejamos… Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é… Quanto tempo!
- Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
- Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
- Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente…
- P'ra semana…
- O sinal…
- Eu procuro você…
- Vai abrir, vai abrir…
- Eu prometo, não esqueço, não esqueço…
- Por favor, não esqueça, não esqueça…
- Adeus!
- Adeus!
- Adeus!
Sinal Fechado, Chico Buarque
terça-feira, dezembro 04, 2012
Quem por dentro dos olhos fechados viaja,
Decerto cansará a sua mente, talvez o corpo
Sonho expressão positiva, por vezes expressão complicativa
Deixa a pensar e a tentar interpretar o seu significado
Acorda e percepciona o que se viu
Desperta tranquilo ou agitado
Pois a mente é bastante fértil
Funciona a cem, talvez mil
Devagar quem por aqui vai adormecendo
Escreve ideias soltas sobre os sonhos
No meio da perseguição dos que vai tendo
De os tornar bem reais aos seus olhos
Terça-feira, 7 de Julho de 2009, aqui
quarta-feira, novembro 28, 2012
segunda-feira, novembro 19, 2012
Tudo
No fim de mais uma tarde cinzenta transporto-me para mais um momento de solidão. Observo inconscientemente as pessoas que fazem e fizeram parte da minha vida e chego à conclusão de que me sinto sozinho. Não por que algum dos meus me esteja a falhar, porque dizer tal seria uma tremenda injustiça. Têm estado bastante presentes, e principalmente quando mais preciso. Mas sinto-me sozinho, sinto falta de partilhar aquele bocado mais pessoal que não se partilha com mais ninguém, aquele dispender de atenção em que mesmo quase quase a adormecer não abdicar de desejar uma última vez "Boa noite". Sinto falta de o poder fazer, sinto vontade de o fazer. A alguém específico. Tenho esses sentimentos. Tenho é medo de não os poder esplanar. Mas quero, quero muito. Quero tanto como tantos são os textos que escrevi nestes últimos meses, uns que vieram cá parar, outros nem saíram do caderno. São muitos. E sempre para a mesma pessoa. E é nessa pessoa que penso e que gostaria de poder partilhar mais ainda. Explosões de sentimentos, pequenos gestos... Tudo.
quarta-feira, novembro 14, 2012
sábado, novembro 10, 2012
sexta-feira, novembro 02, 2012
quinta-feira, outubro 11, 2012
São seguidas as noites em que me deito tentando aguentar o meu ímpeto. Este ímpeto tão forte de abrir o livro, e mostrar sem medos o que está entalado e que tanto necessito mostrar. Em qualquer forma, pessoal, escrita, uma simples mensagem. Dizer abertamente o que sinto, da gigante vontade que tenho de fazer acontecer. De se tornar real. De me tornar presente. Fazer parte. De querer viver tudo, fazer tudo. Tanta, mas tanta vontade de abrir o jogo. Seguro-me, não seria justo neste momento. Preencher mais a mente num momento de concentração e esforço grande não seria justo. Posso esperar mais dias. Mas quero muito. Te Muito.
segunda-feira, outubro 01, 2012
segunda-feira, setembro 17, 2012
Passei toda a noite
Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distração animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.
Alberto Caeiro
sábado, setembro 15, 2012
sexta-feira, setembro 14, 2012
Escrevo no outro lado. Naquele que se escreve à mão. Naquele que verdadeiramente jorra do cérebro para a tinta da caneta. Escrevi no caderno. E soube-me bem, permanecer fiel à caneta dá-me mais gozo no que escrevo, no que imagino. Tirei notas, fiz esquemas, escrevi textos, imaginei prosas. Preenchi mais uma folha de um caderno com demasiadas facetas, variadas abordagens. Voltei a estar em contacto com um prazer gigante que tenho: poder escrever à mão num espaço em que me uno com o que me rodeia estando sozinho. E escrevo. Espalho sentimentos, sofrimentos, alegrias. Espalho vivências, tentando de alguma forma ajudar quem quer que seja a seguir o seu caminho.
E seguindo esse caminho deito-me e rendo-me ao cansaço. Que o dia já vai longo.
E seguindo esse caminho deito-me e rendo-me ao cansaço. Que o dia já vai longo.
quarta-feira, setembro 05, 2012
domingo, setembro 02, 2012
Nas horas deste domingo fiquei a olhar para pontos da minha sala sem sequer os ver. A consciência e a vista estavam longe. Estavam onde gostavam de estar, com os sentimentos e as sensações todas. Com o nervoso miudinho. Com todo o carinho. Com toda a vontade.
Cada vez que a minha vista se concentrava, um suspiro se soltava. Não queria estar ali. Queria que a consciência me levasse até esse local.
Cada vez que a minha vista se concentrava, um suspiro se soltava. Não queria estar ali. Queria que a consciência me levasse até esse local.
Por cá fiquei, restando-me fechar os olhos e tentar que a imaginação me leve de novo à tua imagem, ao teu beijo, ao teu abraço.
terça-feira, agosto 14, 2012
quarta-feira, agosto 08, 2012
domingo, julho 15, 2012
terça-feira, julho 10, 2012
Something About You
É algo forte. Que se mantém nos lugares comuns textuais anteriores a este. Que mexe. Que no meio da escuridão da noite nos deixa viajar com paragens em todas as estações e apeadeiros da imaginação. Que suavemente deixa um sorriso na cara do que se recebe dessa viagem. Que fortemente transmite uma vontade gigante de rever, de sentir esse toque suave de novo, esse perfume. Tens qualquer coisa sim. Mas não é uma coisa qualquer. É algo forte. E eu quero muito ver esse algo, bem diante dos meus olhos.
terça-feira, julho 03, 2012
domingo, julho 01, 2012
É neste momento de luta contra os bloqueios que coloco a cara fora da janela e tento sentir o vento fresco da noite, na esperança que este me possa trazer algo que me faz imensa falta. Essa esperança que vive na expectativa de exterminar os suspiros desconfortáveis e perdidos no meio da multidão. Espalhados passam despercebidos e são difíceis de detectar. Mas assim atacam de uma forma muito mais eficaz, naquele momento final de cada dia, que antecipa as noites dormidas repletas de imagens arrebatadoras. Essas imagens que fazem tremer bastante as horas iniciais de cada dia seguinte, que se diluem ao longo do tempo, até que o ciclo recomeça. No meio há essa luta, essa racionalização do quotidiano, na constante tentativa de manter bem viva a postura de encarar com positivismo o que para a frente existe.
Já sinto a cara bem fria, é tempo de fechar a janela por hoje e viajar até amanhã.
sexta-feira, junho 22, 2012
A escrita
Dia após dia tais caminhos são percorridos quase sempre de uma forma semelhante. Acompanhados de música nos ouvidos e de um desenfreado ritmo de pensamentos subo e desço as ruas desta cidade até chegar ao meu ponto desejado. Sempre o mesmo, sempre confortável, onde tudo descansa, tudo adormece e fica adiado para o dia seguinte. Dia após dia o sangue corre e com ele mil e um aspectos de tempos mais ou menos ocupados, de vontades, de desejos, de sonhos mais ou menos realizáveis. O aperitivo para o tão desejado sono passa sempre pelo debitar de palavras, umas atrás das outras, frases compostas noutras, tentando chegar a cada vez mais parágrafos com o maior sentido possível. Foi nomeada há muito tempo como a minha maior arma contra a letargia e toda a negritude que isso acarreta. É o que não deixa o meu cérebro adormecer e cair num vazio de desinteresse e aborrecimento. É principalmente o que me deixa exprimir ao meu belo gosto tudo o que circula entre a mente e o coração. Que se mantenha como o meu mais forte braço direito, a escrita.
domingo, junho 17, 2012
terça-feira, junho 12, 2012
domingo, junho 10, 2012
Aquela colina ligeiramente molhada da chuva era o nosso poiso enquanto a música suavemente subia desde o palco até aos nossos ouvidos. Num silêncio cúmplice ouvíamos com um sorriso na cara aquelas músicas que nos animavam aquele início de noite. Da simplicidade tão bonita nascia mais um momento para ficar gravado na memória e bem junto ao coração. E por lá ficámos, juntos, em que tudo o resto era um mero acessório...
Abri os olhos, não estavas lá, mas sentia-te bem perto o tempo todo.
Parabéns :)
terça-feira, junho 05, 2012
domingo, junho 03, 2012
O Verbo no Infinito
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...
Vinicius de Moraes
sábado, junho 02, 2012
terça-feira, maio 29, 2012
domingo, maio 27, 2012
quinta-feira, maio 24, 2012
Cansado me deito, fulminado adormeço. Inanimado pareço, mas a mente em descanso ainda funciona. Sonhos, serão a definição mais lógica. Neles me imagino numa realidade paralela, ou quase. Muitas vezes histórias distantes, em que nada há a ligar à realidade, noutras situações funciona um desejo bem forte e presente no cérebro e restantes órgãos que completam o organismo, principalmente o coração. Surge uma viagem por imagens de ternura e carinho. Surgem momentos de intimidade, de cumplicidade, de perfeita harmonia. Surgem beijos, abraços, ligações de uma simplicidade tão bela que correspondem totalmente aos padrões pelos quais acordado sigo. Surge uma figura que me faz acordar a sorrir. Surge um desejo de o revelar ao acordar. De que não se trata de um mero sonho, mas apenas uma extensão de uma vontade que dura as 24 horas de cada dia e que não se acanha de se mostrar seja em que altura for, adormecido, ou bem acordado. Surge sim, indiscutivelmente, uma realidade.
sábado, maio 19, 2012
sexta-feira, maio 18, 2012
quarta-feira, maio 16, 2012
segunda-feira, maio 14, 2012
Naquele momento em que os nossos braços se cruzaram senti algo a encher-me por dentro. Algo que me percorria o corpo e que me fazia tremer. Enquanto o teu perfume se espalhava por mim queria segurar-te mais e com mais força, para bem junto de mim. Sentir cada vez mais a suavidade imensa que a tua pele tem, num beijo prolongado. Não conseguia largar-te. Estava magnetizado e isso fazia-me sentir a flutuar em nuvens sorridentes, sempre com vontade de mais. Com vontade de tudo.
quarta-feira, maio 02, 2012
sexta-feira, abril 27, 2012
domingo, abril 22, 2012
No caminho da noite meio escura e deserta
A cidade é um chão de palavras pisadas
A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.
A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.
A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.
A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.
José Carlos Ary dos Santos
quarta-feira, abril 18, 2012
sábado, abril 14, 2012
Fugi da chuva lá fora e abriguei-me numa noite estranha. Nos meus lençóis dá-se a luta para um sono rápido, mas sinto-me em desvantagem, não há maneira de sucumbir ao cansaço. Preciso de algo, algo bem concreto. Hoje seria perfeita a ajuda de um abraço, do teu abraço.
Era lá que me queria refugiar hoje, não pediria mais do que isso. Não precisaria pedir mais, estaria tudo perfeito.
domingo, abril 08, 2012
sábado, abril 07, 2012
O caminho de volta a casa
You can try on anything for free
Pick up anything you need
And I'm wishing you were here with me
Walking on a city street
terça-feira, abril 03, 2012
A tua imagem, enfim realidade
E de repente a imagem que outrora me tinha feito disparar o batimento cardíaco transformou-se em realidade, um olhar intenso fitava-me e a ternura que de lá saía hipnotizava-me naturalmente. Hipnotizado por uma face, uma expressão, um toque, um olhar, a minha atenção focava-se cada vez mais, e o corpo começava a obedecer... Lentamente uma suavidade em viagem constante fazia contemplar a beleza de uma figura tão próxima, num momento de fortes sensações, fortes palavras, prolongado numa duração indeterminada, sem qualquer noção do espaço, ou sequer do tempo.
E enquanto o sono tentava ocupar lugar, no meu peito morava essa figura que eu observava, e quase não acreditava que era real e que estava bem perto de mim. Abracei, e fiquei.
Não sei quando adormeci, mas sei que o fiz a sorrir.
domingo, abril 01, 2012
terça-feira, março 27, 2012
This is the first day of my life
I Swear I was born right in the doorway
I went out in the rain
Suddenly everything changed
They're spreadin' blankets on the beach
Yours is the first face that I saw
I Think I was blind before I met you
I don't know where I am
I don't know where I've been
But I know where I want to go
So I thought I'd let you know
That these things take forever
I especially am slow
But I realized that I need you
And I wondered if I could come home
I remember the time you drove all night
Just to meet me in the morning
And I thought it was strange
You said everything changed
You felt as if you just woke up
And you said,
This is the first day of my life,
I'm Glad I didn't die before I met you
But now I don't care I could go anywhere with you
And I'd probably be happy.
So if you wanna be with me
With these things there's no telling
We'll just have to wait and see
But I'd rather be working for a paycheck
Than waiting to win the lottery
Besides maybe this time it's different
I mean I really think you like me...
quinta-feira, março 22, 2012
A tua imagem, a minha vontade
Ligo a música e vejo a tua imagem. E logo o meu batimento acelera, sinto-me a transbordar por dentro. E cresce em mim uma vontade de voar e viajar para bem perto. Bem perto do que vejo nesta imagem. Completamente arrebatadora e no entanto tão simples. E no entanto tão bela. Esta vontade que transborda em mim e que me deixa estarrecido e maravilhado. Essa imagem, tal tiro certeiro, tamanha ternura, já fez viajar a mente e o coração. E deixa o corpo à espera do momento em que finalmente se pode encontrar e assim satisfazer esta vontade tão grande de aí estar. Esta vontade que é grande e é muita.
no matter the day
your losing the night
no matter the hour
im telling you now
just follow my lead
i'll open like a flower
honey by the nectur sweet
from the ocean so deep
on the shores i'll hope we'll meet
and fit together perfect.
quarta-feira, março 21, 2012
Peço-te desculpa poesia
Peço-te desculpa poesia, por escolher a prosa. Não o faço por preferir, faço-o porque não consigo fazer jus à tua grandiosidade e ao que significas. A minha métrica não te dignifica, os meus versos não te preenchem, as minhas rimas não compõem os poemas que tu mereces. Por isso uso a prosa, frases corridas em que engrandeço o que me trazes, o crescimento que me provocas. As coisas que tu invocas alimentam a minha mente, que se vai mantendo viva e activa. Mesmo que cada vez menos te dêem importância, continuo a absorver-te enquanto te leio. Ainda me maravilhas, ainda me causas desconforto por não conhecer há mais tempo esses poemas maravilhosos que trazes contigo. Continuarei bem agarrado a ti, na esperança de que consiga um dia fazer algo de que não te envergonhes.
Até lá continuarei bem refugiado na prosa. Até lá peço-te desculpa poesia.
segunda-feira, março 12, 2012
Até Já Braga!
Hoje é um dia triste. O nosso José Braga deixou-nos mais pobres com a sua partida. O nosso mestre a partir de agora irá espalhar a sua sabedoria num plano superior ao nosso, no qual sempre esteve.
O legado do Mestre perdurará e será para sempre lembrado pela sua grandiosidade.
Ensinaste-nos tanto e nunca poderemos agradecer o suficiente.
Obrigado.
Até já.
O legado do Mestre perdurará e será para sempre lembrado pela sua grandiosidade.
Ensinaste-nos tanto e nunca poderemos agradecer o suficiente.
Obrigado.
Até já.
domingo, março 04, 2012
O muro ruiu
O muro ruiu. E os blocos atirados ao rio. Aqueles raios de sol derreteram o bloco de gelo e partiu para uma viagem. Viagem sonora numa troca de mundos e opiniões. Viagem pintada a sorrisos que faz ansiar por mais. Que traz ternura ao olhar e que prende a atenção e o pensamento. E eu quero tanto mais.
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Elisa Rodrigues - Heart Mouth Dialogues c/ António Zambujo
Na celebração do seu 26º aniversário, a Rádio Universidade de Coimbra apresenta ao vivo Elisa Rodrigues, a nova voz do panorama do jazz português. A jovem cantora tem já um vasto, rico e reconhecido percurso que a JACC Records capturou na edição do entusiasmante “Heart Mouth Dialogues” no final de 2011.
Em disco, Elisa Rodrigues mostra a sua capacidade para trazer novo fôlego a clássicos como “Ain’t no Sunshine”, transcendendo o espectro jazzístico e reinventando de forma surpreendente temas como “Dumb”, dos Nirvana, ou “God Only Knows” dos Beach Boys. A dar suporte à notável voz de Elisa estará o seu quarteto, liderado por Júlio Resende, notabilizado pelas suas colaborações com alguns dos nomes mais sonantes do jazz nacional, como Carlos Bica, Carlos Barretto ou Maria João no projecto “Ogre”. A acompanhá-los estará António Zambujo, que Caetano Veloso comparou com João Gilberto, pela sua reinvenção da tradição musical do seu país. A sua participação especial neste concerto surge com um novo álbum de fado na calha, antevendo-se um evento único e imperdível.
Preçário:
7€ - Sócio RUC
8€ - Estudante
10€ - Geral
--
Rádio Universidade de Coimbra - 26 anos de Rádio Livre!
terça-feira, fevereiro 21, 2012
Hoje está inerte, está cansado, mexeu-se demais. Fatigado cairá fulminado na cama. Adormecerá completamente anestesiado sem saber quando acordar. Adormecerá com a vontade de acordar com esses raios de sol que começam a fabricar a chegada da Primavera. Lentamente, a abrir os olhos completamente restabelecido.
domingo, fevereiro 19, 2012
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Saber mais
Páro e sinto que o meu ritmo cardíaco disparou. Fico inquieto e tento perceber o que se passa, porque me sinto agitado desta forma. Demoro a compreender mas a certa altura apercebo-me de que me sinto sem jeito e sem saber como te falar, mas que, ao mesmo tempo, a vontade de o fazer é enorme. Falar, conversar, saber mais de ti. Não fazia ideia do que se passava. Mas sei bem porquê. Não estava habituado. De certa forma tinha-me esquecido, como se tudo isto estivesse guardado e escondido naquele muro que começou a cair. E no entanto assim estou, com vontade de mais. Mas sem saber como o fazer, como o mostrar. Saber se desse lado há alguma semelhança com o que se está a passar, ou se isto tudo resulta da minha mente. Do que sei, sei que gostei bastante. Mas queria poder saber mais. Mais de ti.
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
Um muro que começa a cair
Numa noite fria de Fevereiro uma amena brisa começou a derreter um muro sólido que protegia e guardava um coração aprisionado. Gelava por não ver a luz do sol, numa parede cada vez mais opaca. O cimento que unia os tijolos começou a desfazer-se, tornando este muro mais vulnerável. No dia a seguir começaram finalmente a cair pedaços, e lentamente pequenos fios de luz descongelam esse frio coração, que vai crescendo e aguardando pela vinda de mais calor.
sexta-feira, janeiro 27, 2012
sábado, janeiro 21, 2012
For The Fallen, by Robert Laurence Binyon
With proud thanksgiving, a mother for her children,
England mourns for her dead across the sea.
Flesh of her flesh they were, spirit of her spirit,
Fallen in the cause of the free.
Solemn the drums thrill; Death august and royal
Sings sorrow up into immortal spheres,
There is music in the midst of desolation
And a glory that shines upon our tears.
They went with songs to the battle, they were young,
Straight of limb, true of eye, steady and aglow.
They were staunch to the end against odds uncounted;
They fell with their faces to the foe.
They shall grow not old, as we that are left grow old:
Age shall not weary them, nor the years condemn.
At the going down of the sun and in the morning
We will remember them.
They mingle not with their laughing comrades again;
They sit no more at familiar tables of home;
They have no lot in our labour of the day-time;
They sleep beyond England's foam.
But where our desires are and our hopes profound,
Felt as a well-spring that is hidden from sight,
To the innermost heart of their own land they are known
As the stars are known to the Night;
As the stars that shall be bright when we are dust,
Moving in marches upon the heavenly plain;
As the stars that are starry in the time of our darkness,
To the end, to the end, they remain.
England mourns for her dead across the sea.
Flesh of her flesh they were, spirit of her spirit,
Fallen in the cause of the free.
Solemn the drums thrill; Death august and royal
Sings sorrow up into immortal spheres,
There is music in the midst of desolation
And a glory that shines upon our tears.
They went with songs to the battle, they were young,
Straight of limb, true of eye, steady and aglow.
They were staunch to the end against odds uncounted;
They fell with their faces to the foe.
They shall grow not old, as we that are left grow old:
Age shall not weary them, nor the years condemn.
At the going down of the sun and in the morning
We will remember them.
They mingle not with their laughing comrades again;
They sit no more at familiar tables of home;
They have no lot in our labour of the day-time;
They sleep beyond England's foam.
But where our desires are and our hopes profound,
Felt as a well-spring that is hidden from sight,
To the innermost heart of their own land they are known
As the stars are known to the Night;
As the stars that shall be bright when we are dust,
Moving in marches upon the heavenly plain;
As the stars that are starry in the time of our darkness,
To the end, to the end, they remain.
quarta-feira, janeiro 04, 2012
Fontes luminosas a meu lado
Sinto o meu olhar desfocado
A minha alma bloqueada
A minha mente petrificada
Na fresca brisa que passa no meu cérebro
Sinto o calor enquanto quebro
Despedaçado, desesperado
Fico imóvel, fico cansado
Acelerado o meu coração dispara
Preciso de ar fresco na cara
Sentar e controlar o olhar
Voltar a conseguir respirar
Sinto o meu olhar desfocado
A minha alma bloqueada
A minha mente petrificada
Na fresca brisa que passa no meu cérebro
Sinto o calor enquanto quebro
Despedaçado, desesperado
Fico imóvel, fico cansado
Acelerado o meu coração dispara
Preciso de ar fresco na cara
Sentar e controlar o olhar
Voltar a conseguir respirar
quarta-feira, dezembro 28, 2011
Naquela tarde vi-te de perto. A ausência temporal desde a última vez que te vi fez diluir o forte bater que sentia cada vez que te via. Pela outra rua segui eu. Agora só te vejo entre os prédios. Já me consigo fazer passar despercebido. Já quase que, até a mim, a minha reacção começa a passar despercebida. A nostalgia passou a residir apenas numa forma de estar. E lá o teu rosto poderá já não estar. Poderá ser apenas uma figura em branco à espera de ser de novo preenchida, assim como a tua já foi ocupada e o lugar mudou de posse. A minha rua tem lá à frente um cruzamento e só com uma inversão de marcha poderia voltar a cruzar com a tua. Seguir em frente será o meu caminho. Para trás nada mais há a descobrir e eu quero conhecer melhor esta cidade.
quarta-feira, dezembro 14, 2011
segunda-feira, dezembro 12, 2011
In the Night Air
"I’ve acquired a taste for silence
Darkness fills my heart with calmness
And each thought like a thief is driven
To steal the night air from the heavens"
Jamie Woon - Night Air
sexta-feira, novembro 18, 2011
Essas saudades.
Saudades. Sentimento nostálgico. Por vezes utópico. Muitas vezes utópico. Presentemente utópico. Chama intermitente que nos queima de vez em quando. Sentimento feroz que arde bem no interior de toda a nossa armadura de segurança e confiança. Momento de sofrimento. Sim. Momento em que se deseja um regresso ao passado que se dilui na impossibilidade do futuro. Pura e simplesmente não irá acontecer. Simplesmente não é suposto acontecer. Mas no entanto bem as sinto. Bem as sofro. Bem me marcam. Queria, quero tanto. Mas não tenho, não terei. Aprendi a viver com isso. Mas ainda as sinto, Ainda me afectam. Ainda as sinto. Essas malvadas. Essas saudades.
terça-feira, novembro 15, 2011
Estas dores
Da cabeça sobrevivo, com estas dores que me inflige. Com estas dores que acordo, que ainda existiam antes de sucumbir ao sono. Estas dores que não descansam, de uma mente que teima em não repousar. Noites preenchidas de sonhos convulsos e confusos, histórias de um nocturno mundo paralelo, mundos imaginários com traços reais que aceleram o batimento cardíaco e lançam o pânico por entre a rede de neurónios. Histórias pormenorizadas que levam o esforço ao limite, até que, no momento em que os raios de luz atacam as pálpebras, os olhos abrem e o novo dia começa abalado pelo que acabei de vivenciar, com estas dores que fazem questão de me lembrar.
domingo, novembro 13, 2011
Da nossa condição
Sem dó nem piedade pela fraca condição que nós seres vivos temos, consome-nos como fogo descontrolado. Arranca de nós numa facilidade assustadora, com uma violência atroz que nos mata por dentro e nos inunda de solidão. De tão fraca que é, escorrega pelas mãos como finos grãos de areia, deixando-as vazias, inertes. Por vezes num processo que se arrasta, outras num golpe perfeito.
Nada nos é possível fazer para o evitar, seremos sempre espectadores hipnotizados até ao momento em que nós próprios formos os visados.
A cada episódio ressurge em nós o medo. Aquele receio de uma inevitabilidade feroz. Da nossa incapacidade de o prever, de nos prepararmos.
segunda-feira, novembro 07, 2011
quarta-feira, novembro 02, 2011
domingo, outubro 23, 2011
Em Novembros que anseiam por chuvas continuarei eu perdido em saudades que ansiarão por alguma coisa, que me preencherão os sonhos como até então. Que me ocuparão a mente como até agora. Que farão trabalhar o meu pensamento. Que me farão ser e sentir o que a minha essência sempre mandou. Que farão da transparência sair o sentir tudo no seu auge, para o bem ou para o mal. Seguirei assim pois não tenho outra hipótese de seguir outro caminho. Seguirei assim pois estou e sempre estarei refém de mim próprio. Nunca vou fugir disto. É este o meu propósito.
domingo, outubro 09, 2011
Se não vos vejo pessoalmente, imagino-vos na minha presença. Mesmo à minha frente, mesmo ao meu alcance, como se apenas bastasse um sopro para chegar bem perto e falar. Talvez produto da minha imaginação, talvez apenas fruto do meu sub-consciente presente num qualquer sonho que existe todas as minhas noites de sono. Estão lá presentes de alguma forma, de algum modo, num qualquer contexto de lugar reservado na minha mente e no meu coração. Vejo-vos e estremeço, sem saber se tremo de vontade de ir em frente ou se tremo do receio do incerto e da falha que a falta da certeza na realidade me traz. A vossa imagem fica presente no meu pensamento, que acaba por influenciar a minha visão, o meu estado de espírito. Acordo e cedo ao esforço, vou abaixo. Tudo surge pior quando a realidade nos desperta e nos arranca da imaginação, estou de volta ao novo dia, mas sempre com a sensação de que o sonhado poderia ter sido efectivamente visto, e que o que pareceu estar lá realmente estava. Mas não estava. Tenho pena mas vou ter que acordar de novo.
quinta-feira, setembro 29, 2011
A cidade está cheia, e ainda assim consigo sentir um silêncio fortíssimo a controlar-me. Consigo estar isolado no meio da multidão, sem sequer me aperceber que estou a ser empurrado. Abre-se um buraco e eu desapareço, sem saber para onde estou a ir. Caio com estrondo no chão, o meu corpo convulsa, a mente acorda, e um novo dia começa...
sábado, setembro 24, 2011
quarta-feira, setembro 21, 2011
Desperto com os raios de sol que perfuram pelo meu quarto dentro e me arrancam dos sonhos a que estava preso. Acordo cansado e ofegante, estava a sofrer enquanto dormia. Tinha a noção de que era só um sonho mau e queria acordar, mas não conseguia, a alma estava presa naquele imaginário nostálgico e doloroso, doía imenso... Acordo a respirar fundo mas perturbado. Queria poder respirar melhor, mas por aqui o ar tem estado rarefeito...
domingo, setembro 04, 2011
sábado, setembro 03, 2011
domingo, agosto 14, 2011
Diluí-me numa poça de água
Diluí-me numa poça de água e evaporei com o calor do outro dia. Percorri lentamente o caminho para o céu enquanto olhava para baixo e observava o mundo. Observava as acções e comportamentos. Observava as atitudes, ouvia as palavras ditas, e as palavras desditas. Lentamente subia, puxado pelas ondas do calor tão forte que fazia nesse dia. Absorvi o mundo, com todas as suas virtudes e falhas e finalmente cheguei às nuvens. Por lá fiquei até ao momento em que chova e eu possa descer velozmente de volta ao chão.
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