terça-feira, dezembro 04, 2012

Quem por dentro dos olhos fechados viaja,
Decerto cansará a sua mente, talvez o corpo
Sonho expressão positiva, por vezes expressão complicativa
Deixa a pensar e a tentar interpretar o seu significado

Acorda e percepciona o que se viu
Desperta tranquilo ou agitado
Pois a mente é bastante fértil
Funciona a cem, talvez mil

Devagar quem por aqui vai adormecendo
Escreve ideias soltas sobre os sonhos
No meio da perseguição dos que vai tendo
De os tornar bem reais aos seus olhos 

Terça-feira, 7 de Julho de 2009, aqui

quarta-feira, novembro 28, 2012

segunda-feira, novembro 19, 2012

Tudo

No fim de mais uma tarde cinzenta transporto-me para mais um momento de solidão. Observo inconscientemente as pessoas que fazem e fizeram parte da minha vida e chego à conclusão de que me sinto sozinho. Não por que algum dos meus me esteja a falhar, porque dizer tal seria uma tremenda injustiça. Têm estado bastante presentes, e principalmente quando mais preciso. Mas sinto-me sozinho, sinto falta de partilhar aquele bocado mais pessoal que não se partilha com mais ninguém, aquele dispender de atenção em que mesmo quase quase a adormecer não abdicar de desejar uma última vez "Boa noite". Sinto falta de o poder fazer, sinto vontade de o fazer. A alguém específico. Tenho esses sentimentos. Tenho é medo de não os poder esplanar. Mas quero, quero muito. Quero tanto como tantos são os textos que escrevi nestes últimos meses, uns que vieram cá parar, outros nem saíram do caderno. São muitos. E sempre para a mesma pessoa. E é nessa pessoa que penso e que gostaria de poder partilhar mais ainda. Explosões de sentimentos, pequenos gestos... Tudo.

quarta-feira, novembro 14, 2012

sábado, novembro 10, 2012


O título da música poderia dizer tudo.
Na verdade, diz. Também nos sonhos me aparece.

E a toda a hora fico apanhado por estas saudades. Não vejo a hora...

sexta-feira, novembro 02, 2012

quinta-feira, outubro 11, 2012




São seguidas as noites em que me deito tentando aguentar o meu ímpeto. Este ímpeto tão forte de abrir o livro, e mostrar sem medos o que está entalado e que tanto necessito mostrar. Em qualquer forma, pessoal, escrita, uma simples mensagem. Dizer abertamente o que sinto, da gigante vontade que tenho de fazer acontecer. De se tornar real. De me tornar presente. Fazer parte. De querer viver tudo, fazer tudo. Tanta, mas tanta vontade de abrir o jogo. Seguro-me, não seria justo neste momento. Preencher mais a mente num momento de concentração e esforço grande não seria justo. Posso esperar mais dias. Mas quero muito. Te Muito.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Que vontade de sorrir para ti de novo.

segunda-feira, setembro 17, 2012

Passei toda a noite



Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distração animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.



Alberto Caeiro

sexta-feira, setembro 14, 2012

Escrevo no outro lado. Naquele que se escreve à mão. Naquele que verdadeiramente jorra do cérebro para a tinta da caneta. Escrevi no caderno. E soube-me bem, permanecer fiel à caneta dá-me mais gozo no que escrevo, no que imagino. Tirei notas, fiz esquemas, escrevi textos, imaginei prosas. Preenchi mais uma folha de um caderno com demasiadas facetas, variadas abordagens. Voltei a estar em contacto com um prazer gigante que tenho: poder escrever à mão num espaço em que me uno com o que me rodeia estando sozinho. E escrevo. Espalho sentimentos, sofrimentos, alegrias. Espalho vivências, tentando de alguma forma ajudar quem quer que seja a seguir o seu caminho.
E seguindo esse caminho deito-me e rendo-me ao cansaço. Que o dia já vai longo.

quarta-feira, setembro 05, 2012

Cada vez mais me apetece escrever sobre paixão. Não tenho como o evitar, nem tenho nada em mim que o queira evitar. Quero, sinto e faço-o. Principalmente, assumo-o. E quererei falar sobre isso. Dizê-lo, essencialmente.
Quero fazê-lo. E vou fazê-lo. Sem dúvida.

domingo, setembro 02, 2012

Nas horas deste domingo fiquei a olhar para pontos da minha sala sem sequer os ver. A consciência e a vista estavam longe. Estavam onde gostavam de estar, com os sentimentos e as sensações todas. Com o nervoso miudinho. Com todo o carinho. Com toda a vontade.
Cada vez que a minha vista se concentrava, um suspiro se soltava. Não queria estar ali. Queria que a consciência me levasse até esse local. 
Por cá fiquei, restando-me fechar os olhos e tentar que a imaginação me leve de novo à tua imagem, ao teu beijo, ao teu abraço.

terça-feira, agosto 14, 2012


Well let me tell you girl
Think how it exciting it would be
If you should discover you feel like me
If you should discover this dream is for two

quarta-feira, agosto 08, 2012




No que penso. No que sonho. Mãos dadas. Olhares fixos. Sorrisos cúmplices. Vontades crescentes. Sentimentos inimagináveis, positivamente estranhos, mas reais. Ritmo cardíaco. Líbido ousado. Abraço imaginário. Abraço real. Vontade. Saudades.

domingo, julho 15, 2012

Tanta turbulência na massa encefálica a agitar o meu mundo, e tudo isso acaba por resultar num reforçar do que corre pelas veias e atravessa o coração. Deliberado e incondicional. Sem qualquer pingo de dúvida que ainda poderia existir. Está lá, é presente. E carregado de optimismo e de vontade.

terça-feira, julho 10, 2012

Something About You



É algo forte. Que se mantém nos lugares comuns textuais anteriores a este. Que mexe. Que no meio da escuridão da noite nos deixa viajar com paragens em todas as estações e apeadeiros da imaginação. Que suavemente deixa um sorriso na cara do que se recebe dessa viagem. Que fortemente transmite uma vontade gigante de rever, de sentir esse toque suave de novo, esse perfume. Tens qualquer coisa sim. Mas não é uma coisa qualquer. É algo forte. E eu quero muito ver esse algo, bem diante dos meus olhos.

terça-feira, julho 03, 2012

domingo, julho 01, 2012


É neste momento de luta contra os bloqueios que coloco a cara fora da janela e tento sentir o vento fresco da noite, na esperança que este me possa trazer algo que me faz imensa falta. Essa esperança que vive na expectativa de exterminar os suspiros desconfortáveis e perdidos no meio da multidão. Espalhados passam despercebidos e são difíceis de detectar. Mas assim atacam de uma forma muito mais eficaz, naquele momento final de cada dia, que antecipa as noites dormidas repletas de imagens arrebatadoras. Essas imagens que fazem tremer bastante as horas iniciais de cada dia seguinte, que se diluem ao longo do tempo, até que o ciclo recomeça. No meio há essa luta, essa racionalização do quotidiano, na constante tentativa de manter bem viva a postura de encarar com positivismo o que para a frente existe.
Já sinto a cara bem fria, é tempo de fechar a janela por hoje e viajar até amanhã.

terça-feira, junho 26, 2012

Olhos tristes deitam-se numa noite quente de início de verão.

sexta-feira, junho 22, 2012

A escrita

Dia após dia tais caminhos são percorridos quase sempre de uma forma semelhante. Acompanhados de música nos ouvidos e de um desenfreado ritmo de pensamentos subo e desço as ruas desta cidade até chegar ao meu ponto desejado. Sempre o mesmo, sempre confortável, onde tudo descansa, tudo adormece e fica adiado para o dia seguinte. Dia após dia o sangue corre e com ele mil e um aspectos de tempos mais ou menos ocupados, de vontades, de desejos, de sonhos mais ou menos realizáveis. O aperitivo para o tão desejado sono passa sempre pelo debitar de palavras, umas atrás das outras, frases compostas noutras, tentando chegar a cada vez mais parágrafos com o maior sentido possível. Foi nomeada há muito tempo como a minha maior arma contra a letargia e toda a negritude que isso acarreta. É o que não deixa o meu cérebro adormecer e cair num vazio de desinteresse e aborrecimento. É principalmente o que me deixa exprimir ao meu belo gosto tudo o que circula entre a mente e o coração. Que se mantenha como o meu mais forte braço direito, a escrita.

domingo, junho 17, 2012


Por entre um mundo de imaginações infinitas, estás sempre tu nas mais bonitas.





I am

terça-feira, junho 12, 2012

domingo, junho 10, 2012



Aquela colina ligeiramente molhada da chuva era o nosso poiso enquanto a música suavemente subia desde o palco até aos nossos ouvidos. Num silêncio cúmplice ouvíamos com um sorriso na cara aquelas músicas que nos animavam aquele início de noite. Da simplicidade tão bonita nascia mais um momento para ficar gravado na memória e bem junto ao coração. E por lá ficámos, juntos, em que tudo o resto era um mero acessório...
Abri os olhos, não estavas lá, mas sentia-te bem perto o tempo todo.


Parabéns :)

terça-feira, junho 05, 2012

Bom dia!



It would be nice to have you 
Way beyond and way
Before tomorrow

domingo, junho 03, 2012

O Verbo no Infinito

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...


Vinicius de Moraes

sábado, junho 02, 2012

terça-feira, maio 29, 2012

Sei que esse olhar se soltará do meio do nevoeiro dos receios.
Sei que estarei do outro lado para captar esse momento.




It's natural to be afraid, i know....

domingo, maio 27, 2012

sábado, maio 26, 2012




Ai quem me dera morrer 
Nas ondas do teu olhar...

Desta vez com sol, sigo para sentir um pouco dos ares do Mediterrâneo.

quinta-feira, maio 24, 2012

Cansado me deito, fulminado adormeço. Inanimado pareço, mas a mente em descanso ainda funciona. Sonhos, serão a definição mais lógica. Neles me imagino numa realidade paralela, ou quase. Muitas vezes histórias distantes, em que nada há a ligar à realidade, noutras situações funciona um desejo bem forte e presente no cérebro e restantes órgãos que completam o organismo, principalmente o coração. Surge uma viagem por imagens de ternura e carinho. Surgem momentos de intimidade, de cumplicidade, de perfeita harmonia. Surgem beijos, abraços, ligações de uma simplicidade tão bela que correspondem totalmente aos padrões pelos quais acordado sigo. Surge uma figura que me faz acordar a sorrir. Surge um desejo de o revelar ao acordar. De que não se trata de um mero sonho, mas apenas uma extensão de uma vontade que dura as 24 horas de cada dia e que não se acanha de se mostrar seja em que altura for, adormecido, ou bem acordado. Surge sim, indiscutivelmente, uma realidade.

sábado, maio 19, 2012

sexta-feira, maio 18, 2012

 


Kanske Ar Jag Kar I Dig

segunda-feira, maio 14, 2012


Naquele momento em que os nossos braços se cruzaram senti algo a encher-me por dentro. Algo que me percorria o corpo e que me fazia tremer. Enquanto o teu perfume se espalhava por mim queria segurar-te mais e com mais força, para bem junto de mim. Sentir cada vez mais a suavidade imensa que a tua pele tem, num beijo prolongado. Não conseguia largar-te. Estava magnetizado e isso fazia-me sentir a flutuar em nuvens sorridentes, sempre com vontade de mais. Com vontade de tudo.


quarta-feira, maio 02, 2012



Quando um dia rebenta contigo.

sexta-feira, abril 27, 2012

Vontade de puxar os dias para perto, querer esticá-los quando chegam. Fazê-los durar enquanto existem, sentir saudades da sua vinda. Saudades desse futuro.

domingo, abril 22, 2012

No caminho da noite meio escura e deserta

A cidade é um chão de palavras pisadas

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança  a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância  e a palavra medo.

A cidade é um saco  um pulmão que respira
pela palavra água  pela palavra brisa
A cidade é um poro  um corpo que transpira
pela palavra sangue  pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há. 
 
 
 
 José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, abril 18, 2012

28 de Setembro de 2010 - 30 de Abril de 2012

No fim de um ciclo fica o crescimento e enriquecimento pessoal.

sábado, abril 14, 2012

Give it to me

Fugi da chuva lá fora e abriguei-me numa noite estranha. Nos meus lençóis dá-se a luta para um sono rápido, mas sinto-me em desvantagem, não há maneira de sucumbir ao cansaço. Preciso de algo, algo bem concreto. Hoje seria perfeita a ajuda de um abraço, do teu abraço. 
Era lá que me queria refugiar hoje, não pediria mais do que isso. Não precisaria pedir mais, estaria tudo perfeito.

domingo, abril 08, 2012

Ao acordar, mesmo lendo duas palavras apenas, um dia começa desde logo um pouco melhor.

sábado, abril 07, 2012

O caminho de volta a casa




You can try on anything for free 
Pick up anything you need 
And I'm wishing you were here with me 
Walking on a city street

terça-feira, abril 03, 2012

A tua imagem, enfim realidade


E de repente a imagem que outrora me tinha feito disparar o batimento cardíaco transformou-se em realidade, um olhar intenso fitava-me e a ternura que de lá saía hipnotizava-me naturalmente. Hipnotizado por uma face, uma expressão, um toque, um olhar, a minha atenção focava-se cada vez mais, e o corpo começava a obedecer... Lentamente uma suavidade em viagem constante fazia contemplar a beleza de uma figura tão próxima, num momento de fortes sensações, fortes palavras, prolongado numa duração indeterminada, sem qualquer noção do espaço, ou sequer do tempo.



E enquanto o sono tentava ocupar lugar, no meu peito morava essa figura que eu observava, e quase não acreditava que era real e que estava bem perto de mim. Abracei, e fiquei.

Não sei quando adormeci, mas sei que o fiz a sorrir.

domingo, abril 01, 2012

Hoje sonho. Amanhã escreverei.

terça-feira, março 27, 2012



This is the first day of my life
I Swear I was born right in the doorway
I went out in the rain
Suddenly everything changed
They're spreadin' blankets on the beach


Yours is the first face that I saw
I Think I was blind before I met you
I don't know where I am
I don't know where I've been
But I know where I want to go
So I thought I'd let you know
That these things take forever
I especially am slow
But I realized that I need you
And I wondered if I could come home


I remember the time you drove all night
Just to meet me in the morning
And I thought it was strange
You said everything changed
You felt as if you just woke up
And you said,
This is the first day of my life,
I'm Glad I didn't die before I met you
But now I don't care I could go anywhere with you
And I'd probably be happy.


So if you wanna be with me
With these things there's no telling
We'll just have to wait and see
But I'd rather be working for a paycheck
Than waiting to win the lottery


Besides maybe this time it's different
I mean I really think you like me...

quinta-feira, março 22, 2012

A tua imagem, a minha vontade

Ligo a música e vejo a tua imagem. E logo o meu batimento acelera, sinto-me a transbordar por dentro. E cresce em mim uma vontade de voar e viajar para bem perto. Bem perto do que vejo nesta imagem. Completamente arrebatadora e no entanto tão simples. E no entanto tão bela. Esta vontade que transborda em mim e que me deixa estarrecido e maravilhado. Essa imagem, tal tiro certeiro, tamanha ternura, já fez viajar a mente e o coração. E deixa o corpo à espera do momento em que finalmente se pode encontrar e assim satisfazer esta vontade tão grande de aí estar. Esta vontade que é grande e é muita.



no matter the day 
your losing the night 
no matter the hour 
im telling you now 
just follow my lead 
i'll open like a flower 
honey by the nectur sweet 
from the ocean so deep 
on the shores i'll hope we'll meet
and fit together perfect.

quarta-feira, março 21, 2012

Peço-te desculpa poesia

Peço-te desculpa poesia, por escolher a prosa. Não o faço por preferir, faço-o porque não consigo fazer jus à tua grandiosidade e ao que significas. A minha métrica não te dignifica, os meus versos não te preenchem, as minhas rimas não compõem os poemas que tu mereces. Por isso uso a prosa, frases corridas em que engrandeço o que me trazes, o crescimento que me provocas. As coisas que tu invocas alimentam a minha mente, que se vai mantendo viva e activa. Mesmo que cada vez menos te dêem importância, continuo a absorver-te enquanto te leio. Ainda me maravilhas, ainda me causas desconforto por não conhecer há mais tempo esses poemas maravilhosos que trazes contigo. Continuarei bem agarrado a ti, na esperança de que consiga um dia fazer algo de que não te envergonhes.
Até lá continuarei bem refugiado na prosa. Até lá peço-te desculpa poesia.

segunda-feira, março 12, 2012

Até Já Braga!

Hoje é um dia triste. O nosso José Braga deixou-nos mais pobres com a sua partida. O nosso mestre a partir de agora irá espalhar a sua sabedoria num plano superior ao nosso, no qual sempre esteve.
O legado do Mestre perdurará e será para sempre lembrado pela sua grandiosidade.
Ensinaste-nos tanto e nunca poderemos agradecer o suficiente.
Obrigado.
Até já.

domingo, março 04, 2012

O muro ruiu



O muro ruiu. E os blocos atirados ao rio. Aqueles raios de sol derreteram o bloco de gelo e partiu para uma viagem. Viagem sonora numa troca de mundos e opiniões. Viagem pintada a sorrisos que faz ansiar por mais. Que traz ternura ao olhar e que prende a atenção e o pensamento. E eu quero tanto mais.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Elisa Rodrigues - Heart Mouth Dialogues c/ António Zambujo

Na celebração do seu 26º aniversário, a Rádio Universidade de Coimbra apresenta ao vivo Elisa Rodrigues, a nova voz do panorama do jazz português. A jovem cantora tem já um vasto, rico e reconhecido percurso que a JACC Records capturou na edição do entusiasmante “Heart Mouth Dialogues” no final de 2011.


Em disco, Elisa Rodrigues mostra a sua capacidade para trazer novo fôlego a clássicos como “Ain’t no Sunshine”, transcendendo o espectro jazzístico e reinventando de forma surpreendente temas como “Dumb”, dos Nirvana, ou “God Only Knows” dos Beach Boys. A dar suporte à notável voz de Elisa estará o seu quarteto, liderado por Júlio Resende, notabilizado pelas suas colaborações com alguns dos nomes mais sonantes do jazz nacional, como Carlos Bica, Carlos Barretto ou Maria João no projecto “Ogre”. A acompanhá-los estará António Zambujo, que Caetano Veloso comparou com João Gilberto, pela sua reinvenção da tradição musical do seu país. A sua participação especial neste concerto surge com um novo álbum de fado na calha, antevendo-se um evento único e imperdível.


Preçário:

7€ - Sócio RUC
8€ - Estudante
10€ - Geral

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Rádio Universidade de Coimbra - 26 anos de Rádio Livre!

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Hoje está inerte, está cansado, mexeu-se demais. Fatigado cairá fulminado na cama. Adormecerá completamente anestesiado sem saber quando acordar. Adormecerá com a vontade de acordar com esses raios de sol que começam a fabricar a chegada da Primavera. Lentamente, a abrir os olhos completamente restabelecido.

domingo, fevereiro 19, 2012

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Saber mais

Páro e sinto que o meu ritmo cardíaco disparou. Fico inquieto e tento perceber o que se passa, porque me sinto agitado desta forma. Demoro a compreender mas a certa altura apercebo-me de que me sinto sem jeito e sem saber como te falar, mas que, ao mesmo tempo, a vontade de o fazer é enorme. Falar, conversar, saber mais de ti. Não fazia ideia do que se passava. Mas sei bem porquê. Não estava habituado. De certa forma tinha-me esquecido, como se tudo isto estivesse guardado e escondido naquele muro que começou a cair. E no entanto assim estou, com vontade de mais. Mas sem saber como o fazer, como o mostrar. Saber se desse lado há alguma semelhança com o que se está a passar, ou se isto tudo resulta da minha mente. Do que sei, sei que gostei bastante. Mas queria poder saber mais. Mais de ti.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Um muro que começa a cair



Numa noite fria de Fevereiro uma amena brisa começou a derreter um muro sólido que protegia e guardava um coração aprisionado. Gelava por não ver a luz do sol, numa parede cada vez mais opaca. O cimento que unia os tijolos começou a desfazer-se, tornando este muro mais vulnerável. No dia a seguir começaram finalmente a cair pedaços, e lentamente pequenos fios de luz descongelam esse frio coração, que vai crescendo e aguardando pela vinda de mais calor.

sexta-feira, janeiro 27, 2012



No se si el corazón peca llorona
En aras de un tierno amor...


Te quiero más que a mi vida llorona
¿Que mas quieres?, ¿Quieres mas?,
Te quiero más que a mi vida llorona
¿Que mas quieres?, ¿Quieres mas?

sábado, janeiro 21, 2012

For The Fallen, by Robert Laurence Binyon

With proud thanksgiving, a mother for her children,
England mourns for her dead across the sea.
Flesh of her flesh they were, spirit of her spirit,
Fallen in the cause of the free.


Solemn the drums thrill; Death august and royal
Sings sorrow up into immortal spheres,
There is music in the midst of desolation
And a glory that shines upon our tears.


They went with songs to the battle, they were young,
Straight of limb, true of eye, steady and aglow.
They were staunch to the end against odds uncounted;
They fell with their faces to the foe.


They shall grow not old, as we that are left grow old:
Age shall not weary them, nor the years condemn.
At the going down of the sun and in the morning
We will remember them.


They mingle not with their laughing comrades again;
They sit no more at familiar tables of home;
They have no lot in our labour of the day-time;
They sleep beyond England's foam.


But where our desires are and our hopes profound,
Felt as a well-spring that is hidden from sight,
To the innermost heart of their own land they are known
As the stars are known to the Night;


As the stars that shall be bright when we are dust,
Moving in marches upon the heavenly plain;
As the stars that are starry in the time of our darkness,
To the end, to the end, they remain.

domingo, janeiro 15, 2012

Bom dia. Chamo-me Rui, tenho 26 anos e consigo agir como um homenzinho.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Fontes luminosas a meu lado
Sinto o meu olhar desfocado
A minha alma bloqueada
A minha mente petrificada

Na fresca brisa que passa no meu cérebro
Sinto o calor enquanto quebro
Despedaçado, desesperado
Fico imóvel, fico cansado

Acelerado o meu coração dispara
Preciso de ar fresco na cara
Sentar e controlar o olhar
Voltar a conseguir respirar

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Naquela tarde vi-te de perto. A ausência temporal desde a última vez que te vi fez diluir o forte bater que sentia cada vez que te via. Pela outra rua segui eu. Agora só te vejo entre os prédios. Já me consigo fazer passar despercebido. Já quase que, até a mim, a minha reacção começa a passar despercebida. A nostalgia passou a residir apenas numa forma de estar. E lá o teu rosto poderá já não estar. Poderá ser apenas uma figura em branco à espera de ser de novo preenchida, assim como a tua já foi ocupada e o lugar mudou de posse. A minha rua tem lá à frente um cruzamento e só com uma inversão de marcha poderia voltar a cruzar com a tua. Seguir em frente será o meu caminho. Para trás nada mais há a descobrir e eu quero conhecer melhor esta cidade.


quarta-feira, dezembro 14, 2011

Frio, ruas desertas, passo firme. Em busca dos cobertores que assentam as ideias na noite escura, para ir absorvendo as novidades de cada dia.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

In the Night Air








 "I’ve acquired a taste for silence

Darkness fills my heart with calmness 

And each thought like a thief is driven 

To steal the night air from the heavens"


 Jamie Woon - Night Air

terça-feira, novembro 22, 2011





Um dia cheio de chuva para marcar o até já a uma cidade.

sexta-feira, novembro 18, 2011

Essas saudades.

Saudades. Sentimento nostálgico. Por vezes utópico. Muitas vezes utópico. Presentemente utópico. Chama intermitente que nos queima de vez em quando. Sentimento feroz que arde bem no interior de toda a nossa armadura de segurança e confiança. Momento de sofrimento. Sim. Momento em que se deseja um regresso ao passado que se dilui na impossibilidade do futuro. Pura e simplesmente não irá acontecer. Simplesmente não é suposto acontecer. Mas no entanto bem as sinto. Bem as sofro. Bem me marcam. Queria, quero tanto. Mas não tenho, não terei. Aprendi a viver com isso. Mas ainda as sinto, Ainda me afectam. Ainda as sinto. Essas malvadas. Essas saudades.

terça-feira, novembro 15, 2011

Estas dores

Da cabeça sobrevivo, com estas dores que me inflige. Com estas dores que acordo, que ainda existiam antes de sucumbir ao sono. Estas dores que não descansam, de uma mente que teima em não repousar. Noites preenchidas de sonhos convulsos e confusos, histórias de um nocturno mundo paralelo, mundos imaginários com traços reais que aceleram o batimento cardíaco e lançam o pânico por entre a rede de neurónios. Histórias pormenorizadas que levam o esforço ao limite, até que, no momento em que os raios de luz atacam as pálpebras, os olhos abrem e o novo dia começa abalado pelo que acabei de vivenciar, com estas dores que fazem questão de me lembrar.

domingo, novembro 13, 2011

Da nossa condição

Sem dó nem piedade pela fraca condição que nós seres vivos temos, consome-nos como fogo descontrolado. Arranca de nós numa facilidade assustadora, com uma violência atroz que nos mata por dentro e nos inunda de solidão. De tão fraca que é, escorrega pelas mãos como finos grãos de areia, deixando-as vazias, inertes. Por vezes num processo que se arrasta, outras num golpe perfeito.
Nada nos é possível fazer para o evitar, seremos sempre espectadores hipnotizados até ao momento em que nós próprios formos os visados.
A cada episódio ressurge em nós o medo. Aquele receio de uma inevitabilidade feroz. Da nossa incapacidade de o prever, de nos prepararmos.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Cada vez mais...



... me sinto uma mistura destes dois.

quarta-feira, novembro 02, 2011

A chuva cai e eu diluo-me em confusão.

domingo, outubro 23, 2011

Em Novembros que anseiam por chuvas continuarei eu perdido em saudades que ansiarão por alguma coisa, que me preencherão os sonhos como até então. Que me ocuparão a mente como até agora. Que farão trabalhar o meu pensamento. Que me farão ser e sentir o que a minha essência sempre mandou. Que farão da transparência sair o sentir tudo no seu auge, para o bem ou para o mal. Seguirei assim pois não tenho outra hipótese de seguir outro caminho. Seguirei assim pois estou e sempre estarei refém de mim próprio. Nunca vou fugir disto. É este o meu propósito.

domingo, outubro 09, 2011

Se não vos vejo pessoalmente, imagino-vos na minha presença. Mesmo à minha frente, mesmo ao meu alcance, como se apenas bastasse um sopro para chegar bem perto e falar. Talvez produto da minha imaginação, talvez apenas fruto do meu sub-consciente presente num qualquer sonho que existe todas as minhas noites de sono. Estão lá presentes de alguma forma, de algum modo, num qualquer contexto de lugar reservado na minha mente e no meu coração. Vejo-vos e estremeço, sem saber se tremo de vontade de ir em frente ou se tremo do receio do incerto e da falha que a falta da certeza na realidade me traz. A vossa imagem fica presente no meu pensamento, que acaba por influenciar a minha visão, o meu estado de espírito. Acordo e cedo ao esforço, vou abaixo. Tudo surge pior quando a realidade nos desperta e nos arranca da imaginação, estou de volta ao novo dia, mas sempre com a sensação de que o sonhado poderia ter sido efectivamente visto, e que o que pareceu estar lá realmente estava. Mas não estava. Tenho pena mas vou ter que acordar de novo.

quinta-feira, setembro 29, 2011

A cidade está cheia, e ainda assim consigo sentir um silêncio fortíssimo a controlar-me. Consigo estar isolado no meio da multidão, sem sequer me aperceber que estou a ser empurrado. Abre-se um buraco e eu desapareço, sem saber para onde estou a ir. Caio com estrondo no chão, o meu corpo convulsa, a mente acorda, e um novo dia começa...

sábado, setembro 24, 2011

Haverá barco que volte no local onde se perdeu?
Haverá brisa que soprará onde se esgotou?
Haverá Sol a brilhar onde se pôs?
Haverá Mundo a rodar onde parou?

Haverá sonho a começar onde terminou?

quarta-feira, setembro 21, 2011

Desperto com os raios de sol que perfuram pelo meu quarto dentro e me arrancam dos sonhos a que estava preso. Acordo cansado e ofegante, estava a sofrer enquanto dormia. Tinha a noção de que era só um sonho mau e queria acordar, mas não conseguia, a alma estava presa naquele imaginário nostálgico e doloroso, doía imenso... Acordo a respirar fundo mas perturbado. Queria poder respirar melhor, mas por aqui o ar tem estado rarefeito...

domingo, setembro 04, 2011

sábado, setembro 03, 2011

Que orgulho!


3 anos de música, muito boa música... Parabéns Lugar Comum!!

quarta-feira, agosto 17, 2011

365 dias depois está mau tempo. Em Agosto não devia ser assim.

domingo, agosto 14, 2011

Diluí-me numa poça de água

Diluí-me numa poça de água e evaporei com o calor do outro dia. Percorri lentamente o caminho para o céu enquanto olhava para baixo e observava o mundo. Observava as acções e comportamentos. Observava as atitudes, ouvia as palavras ditas, e as palavras desditas. Lentamente subia, puxado pelas ondas do calor tão forte que fazia nesse dia. Absorvi o mundo, com todas as suas virtudes e falhas e finalmente cheguei às nuvens. Por lá fiquei até ao momento em que chova e eu possa descer velozmente de volta ao chão.


quinta-feira, agosto 11, 2011




Just close your eyes and think of me.. I'm all around, like a spirit

quinta-feira, julho 28, 2011

De meus olhos sai o cansaço
De tanto fumo que por lá passou
Do que o corpo mexeu
Do que a mente viveu

Do meu corpo sai o cansaço
Por agora adormecendo
Daqui a pouco acordando
E pouco descansando

Noites que se prolongam
Pessoas que se avistam
Festa que dura
Cama que espera

E por fim o repouso
E o dia a raiar
É agora tempo de dormir
É agora tempo de finalmente descansar

segunda-feira, julho 25, 2011

E entretanto...

Já há nome!


Irá ser duplo, e chamar-se-á "Da Paixão/Da Solidão" e já está bem encaminhado...

domingo, julho 24, 2011

True




Dry your eyes mate
I know it's hard to take but her mind has been made up
There's plenty more fish in the sea
Dry your eyes mate
I know you want to make her see how much this pain hurts
But you've got to walk away now
It's over
Conformar, lidar e seguir.

terça-feira, julho 19, 2011

Nestes nossos dias nunca vivemos satisfeitos com o ritmo que temos. Desejamos sempre mais, ou menos do que temos e nunca paramos para perceber naquele exacto momento. Vivemos olhando demasiado para trás, ou esticando o pescoço para a frente, sem termos percepção do chão que pisamos.
Se ficamos obcecados com estas extremidades acabamos por sabotar o nosso bem estar e acabamos por ferir de morte o que poderia ser salvo.
É necessário olhar em frente, mas com atenção ao que no momento está no chão e que nos possa fazer tropeçar e cair com violência no chão. 
Tudo isto sem amarras, desbloqueado, Tudo isto enquanto o vento bate agradavelmente na cara.

sexta-feira, julho 08, 2011

quarta-feira, julho 06, 2011

Souffrir par toi n'est pas souffrir


The boy with the glasses is trying to get some sleep. This boy is experiencing some difficulties achieving his goal: to sleep well. He takes off the glasses and start wondering a parallel universe, a parallel reality, future, etc.. Then he is flying through those thoughts and imaginations, seeing what could have been, how could he be in another life, in a different future. He wakes up. Again. Frustrating, just fell asleep and now he is awake again. Time to put bak the glasses. The day after has come. Now it's time to try to live it better than the one before.

terça-feira, julho 05, 2011

São ácidas e fazem-me arder os olhos.
Também me fazem dormir quando preciso.

sábado, julho 02, 2011

Raise the Roof




Tracey Thorn - Raise The Roof

quarta-feira, junho 29, 2011

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante..."

segunda-feira, junho 27, 2011

sábado, junho 25, 2011

Tamanho calor inunda o dia e eu tenho que me confinar ao espaço fechado que me levará até à noite escura. Queria ser arrancado de volta para a luz e poder sentir o ar quente a bater-me na cara. Terei que sentir o ar condicionado a variar de espaço para espaço. Sinto vontade de passar tardes a escrever na sombra de uma árvore centenária, ter grandes epifanias, pensamentos... Vontade de poder estar totalmente sincronizado com os meus pensamentos. Queria poder estar o dia todo na inconsciência dos pensamentos e encher a minha cabeça de ar puro, de ar poluido, do quotidiano e de tudo o que esteja a ser paralelo naquele exacto momento. Terei que reformular esse desejo e torná-lo em algo possivel e palpável. Não está longe, mas também não tem sido fácil. Não é fácil não poder expressar e ter o que no momento se quer, e saber esperar por uma melhor circunstância. É preciso saber esperar.

quinta-feira, junho 23, 2011

quinta-feira, junho 16, 2011

terça-feira, junho 14, 2011

Por nuvens cinzentas vi escondido o teu sorriso. Lá estava, a um canto, bem tímido e reservado. Corri ao teu encontro para te avisar, mas quando lá chegámos ele já estava noutro lugar. Pensaste que estaria a brincar contigo e refilaste, mas eu era capaz de jurar que o vi lá, bem dentro dessas nuvens. Começou a chover. Choravas. Quando fugiu, o teu sorriso levou com ele a calma. Ficaste nervosa e triste. Por isso refilaste comigo. Chove copiosamente. Era mesmo capaz de jurar que ele estava lá... Peguei num guarda chuva e fui de novo à procura, mas cada vez que o encontrava ele fugia de novo. Fui ao teu encontro e pedi-te desculpa. Não o conseguia apanhar. Continuava a chover. E abracei-te, tentei combater a tua tristeza. Pelo meio disse uma tolice qualquer para te distrair. Vi um arco-íris. Estavam a sair raios de sol enquanto chovia. Ele esteve lá o tempo todo, bem dentro. Esteve lá bem à minha frente. Está bem no teu meio.

quinta-feira, junho 09, 2011

“I have a new method of poetry. All you got to do is look over your notebooks... And think of anything that comes into your head, especially the miseries... Then arrange in lines of two, three or four words each, don't bother about sentences ...”

Allen Ginsberg

segunda-feira, junho 06, 2011